Após a realização das actividades propostas, interessa fazer uma breve reflexão sobre os aspectos abordados ao longo desta UC.
Uma grande parte do conteúdo da UC Médias Digitais e Socialização esteve virada para o estudo da Construção da Identidade dos jovens.
Depois de interagir com os colegas nos Foruns (A2, A3 e A4) algumas questões relevantes devem ser retidas. Com particular atenção para a visão de Erikson sobre a construção da identifdade. Erikson (1972) refere que “construir uma identidade implica definir quem a pessoa é, quais são seus valores e quais as direcções que deseja seguir pela vida.”
Kimmel e Weiner (1998) resumem os compromissos com que as pessoas estão implicadas em três atitudes: atitudes ideológicas (valores e crenças que guiam as acções); atitudes ocupacionais (objectivos educativos e profissionais); e atitudes interpessoais (orientação de género que influencia as amizades e relacionamentos amorosos).
Kimmel e Weiner (1998) resumem os compromissos com que as pessoas estão implicadas em três atitudes: atitudes ideológicas (valores e crenças que guiam as acções); atitudes ocupacionais (objectivos educativos e profissionais); e atitudes interpessoais (orientação de género que influencia as amizades e relacionamentos amorosos).
Para Bosma (1994), a adolescência é o período de desenvolvimento da identidade pelas mudanças que ela comporta. Só com um funcionamento cognitivo adulto é que o indivíduo
pode tratar questões abstratas como escolha profissional, filosofia de vida, relacionamentos amorosos e estilos de vida. “O adolescente torna-se progressivamente consciente da irreversibilidade de um bom número de escolhas com as quais ele é confrontado” (p. 292).
Factores como a familia, sociedade, gurpos de convivio e redes sociais, são alguns que se destacam pela sua influencia na construção da identidade.
A construção da identidade é um processo e deve ser direcionado na infância até a adolescência. “Se não faz isso durante a adolescência, que é o momento oportuno, o mais provável é que acabe acontecendo mais tarde,” afirma Nancy Van Pelt. (2006, p. 86)
A identidade da criança se construirá naturalmente conforme seu desenvolvimento. Por isso aqueles que os tem sob sua responsabilidade devem estar atentos para conduzi-las nesse processo.
A teoria do desenvolvimento psicossocial de Erik Erikson prediz que o crescimento psicológico ocorre através de estágios e fases, não ocorre ao acaso e depende da interacção da pessoa com o meio que a rodeia.
Um contexto social não estruturado pode levar a uma crise de identidade. Como não é possível separar a crise de identidade individual com o contexto histórico da sociedade em que se insere o indivíduo, momentos de crise como guerras, epidemias e revoluções influenciam o adolescente em larga escala, quanto aos seus valores morais, por exemplo.
Hoje os jovens fazem o uso dos média digitais, para exporem os seus sentimentos, pensamentos sobre vários assuntos do seu dia-a-dia e, em muitas situações, usam as redes sociais (HI5, Facebook, orkut, entre muitos outros) e chats como meio de integração e interação social. Muitos procuram aceitação através das várias comunidades ou grupos que se formam nas redes sociais. Através dessa interação, os jovens vão construindo a sua identidade, afinal a identidade constrói-se nasexperiências vividas através de um subtil jogo de identificações.
Deste modo a construção da identidade é fruto da combinação ou mistura das tecnologias sociais, culturais e digitais. As tecnologias - social, cultural e digital - estão em constante interação nos ambientes de aprendizagem, fazendo a mediação do diálogo e da participação dos e para os jovens.
Oportunidades autênticas de participação são criadas através da apropriação partilhada das múltiplas tecnologias que permitem o desenvolvimento da identidade, a participação significativa na atividade democrática e a interação, comunicação, envolvimento, compromisso e negociação entre os jovens e os adultos.