MDS

Este blog foi criado como E-portefólio da Unidade Curricular Media Digitais de Socialização (MDS), no ambito do Mestrado em Comunicação Educacional Multimédia, edição 2011.

Ao longo deste blog, serão feitas reflexões sobre os vários temas e actividades desenvolvidas na UC MDS.

De forma breve, clara e mais objectiva possivel tentarei deixar aqui os aspectos mais importantes, sem fazer uma abordagem exaustiva.



terça-feira, julho 19, 2011

ACTIVIDADE 3 - MEDIA DIGITAIS E CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE SOCIAL



Actividades Sociais e Desenvolvimento da Identidade nos Jovens

Objectivo: Reconhecer a influência dos media digitais na construção da identidade social dos jovens.


Competências: analisar e discutir o papel dos media digitais na construção da identidade social dos jovens.

O que fazer?

1º) Constituição livre dos grupos de trabalho ( máximo 3 elementos);

2º) Tendo por base a bibliografia a seguir ( o grupo deverá seleccionar um dos textos sugeridos, como texto de apoio para esta actividade) elabore um texto de 5 a 8 páginas sobre "O papel dos media digitais na construção da Identidade social dos jovens."

3º) Apresentação no Fórum A3 dos textos efectuados até ao dia 22 de Maio;

4º) Discussão conjunta dos textos apresentados pelos diversos grupos, entre os dias 23 a 29 de maio.

Recursos de Aprendizagem

Texto 1

Weber, S.; Mitchell, C. (2008). Imaging, Keyboarding, and Posting Identities: Young People and New Media Technologies. In Youth, Identity, and Digital Media: 25-47.

Texto 2

Texto 3



Texto 4

Stald, G. (2008). Mobile Identity: Youth, Identity, and Mobile Communication Media. In Youth, Identity, and Digital Media: 143-164.

Texto 5

Goldman, S.; Booker, A., & McDermott, M. (2008). Mixing the Digital, Social, and Cultural: Learning, Identity, and Agency in Youth Participation. In Youth, Identity, and Digital Media: 185-206.


Texto 6

Yardi, S. (2008). Whispers in the Classroom. In Digital Youth, Inovation, and the Unexpected: 143-164.

Texto 7


Texto 8



Do resumo feito do texto 5 e também da analise feita dos trabalhos resultantes de outros textos mencionados nesta actividade, vale ressaltar alguns aspectos relacionados ao papel dos media digitais na construção da identidade social dos jovens.




Para PawelC. (1996), a influência da mídia na formação da personalidade dos jovens, estimulando uma erotização precoce deve ser examinada com muita cautela, mas não elege a mídia como vilã, deformadora de mentalidades, exploradora da sexualidade, movida exclusivamente pelo desejo perverso de aumentar a demanda de um certo produto comercial. Pawel (1996) não acredita que a mídia seja um fenómeno isolado do restante da sociedade, ele simplesmente reflecte e confere visibilidade aos anseios de seres humanos concretos que foram directa ou indirectamente consultados e que determinam os rumos da comunicação de massa.

Para este psiquiatra e psicoterapeuta brasileiro, entender os meios de comunicação como uma instância de poder aquém do nosso controle, manipuladora de consciências, é uma posição bastante cómoda quando se quer eximir-se da responsabilidade diante do processo social, que é de interesse de todos. Powel diz ainda que, antes de crucificar a mídia, deveríamos nos perguntar que sociedade queremos para nós e para nossos filhos, deveríamos parar e perguntar aos jovens com qual mundo eles sonham e, na medida do possível, ajudá-los a construí-lo. Pawel (1996) acredita que no momento que este diálogo tornar-se efectivo, a mídia estará permeada de programas excepcionais.

Hoje os jovens fazem o uso dos média digitais, para exporem os seus sentimentos, pensamentos sobre vários assuntos do seu dia-a-dia e, em muitas situações, usam as redes sociais (HI5, Facebook, orkut, entre muitos outros) e chats como meio de integração e interacção social. Muitos procuram aceitação através das várias comunidades ou grupos que se formam nas redes sociais.

Através dessa interacção, os jovens vão construindo a sua identidade, afinal a identidade constrói-se nas experiências vividas através de um subtil jogo de identificações. Se na infância os nossos modelos identificatórios são os pais, na adolescência vão ser os jovens da mesma idade.
S; Brooker A, & McDermott, M (2008) em Mixing the Digital, Social, and Cultural: Learning, Identity, and Agency in Youth Participation afirmam que: "O uso diário dos media digitais pelos jovens aproxima o mundo formal do mundo informal, permitindo-lhes afirmar as suas identidades face às políticas que os afectam."

Com base nisso, nem sempre os jovens sabem seleccionar as pessoas com quem devem interagir e trocar ideias. A psicopedagoga Felice (1996) defende que a adolescência é a fase de trocas, mas isto não implica na ausência de limites, que são necessários e fundamentais para trazer segurança.

Realmente em função da realidade cultural de cada país, a influência exercida pelos média na formação da identidade varia.

Pacheco R. realizou alguns estudos e afirma que: "mídia. A moda é ditada pela publicidade, pelo que vem de "fora", que depois é adaptado à realidade local. O que se come, o que se bebe, o que se veste ou a música que os jovens ouvem, tratando-se destes três países de língua portuguesa é tudo muito parecido."
 
Existe uma homogeneização cultural onde o jovem perde cada vez mais a ligação com a sua cultura, com a cultura de seu país e se liga a uma cultura globalizada, uma cultura de massa. Desta forma, podemos ver que as informações que circulam nos midia influenciam a construção da identidade dos jovens de várias maneiras. Hoje a publicidade circula por todo o lado e é também um factor que influência a formação da identidade do adolescente.
Para além das possibilidades das mídias digitais, ou da TV, do rádio e mais recentemente do telemóvel enquanto espaço midiático, o que se observa são novas formas de comunicar, divulgar, produzir e perceber o mundo, que colaboram para modificar as noções de tempo, espaço, fronteiras, sociabilidades e, inclusive, linguagens.
Sobre as modificações na linguagem, não só as mensagens no telemóvel ou o MSN estão colaborando para o desenvolvimento de outras formas de comunicação. A convergência digital aponta para algumas mudanças de linguagem que, a médio e longo prazo, deverão ser objecto de reflexão pelos pesquisadores das Ciências Sociais e Humanas.
 
No contexto das novas tecnologias, portanto, especialmente no contexto do espaço criado a partir das redes de conexão entre computadores - o ciberespaço -, as identidades juvenis contemporâneas passam por reconfigurações quanto aos processos de socialização, o que pode ser percebido pelo modo como esses atores sociais absorvem e negociam os significados criados, sobre a internet, no âmbito dos vários sistemas de representação que circulam na cultura hodierna, criando, dessa forma, novas ritualizações.

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